Microempreendedoras agora podem conseguir dinheiro para investir em seus negócios. Descubra como!
Milhões de mulheres brasileiras tocam seus próprios negócios e muitas acabam desistindo por falta de apoio ou suporte financeiro. Então, recentemente, a Caixa anunciou uma parceria com o Sebrae que quer mudar essa realidade, ou seja, uma linha de crédito específica para esse público.
A ideia começou na Câmara dos Deputados, quando a deputada federal Carina Leão (PP) propos a ideia ao congresso para criar mais oportunidades de crescimento para mulheres. O projeto foi colocado em pauta no mês de julho e o dinheiro vem de recursos do Pronampe, Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
A parceria aconteceu para incentivar esse público, já que muitas acabaram entrando na informalidade ou em trabalhos em autônomos após perderem suas rendas na pandemia. Neste caso, somente mulheres que são efetivamente Microempreendedoras Individuais, ou MEIs, poderão ter acesso à nova linha de crédito
Agora que você sabe da novidade, vamos trazer mais informações sobre esse assunto. Então, saiba quem pode acessar a linha de crédito, como funciona e de que maneira o valor pode ajudar no seu negócio. Até o fim deste artigo, você saberá como ampliar seus ganhos e realizar sonhos com essa nova possibilidade.
MEI: o que é ser uma microempreendedora?
Os MEIs, ou, microempreendedores individuais é um modelo empresarial mais simples, com faturamento máximo de 81 mil reais por ano, que oferece formalização a autônomos. Criado em 2009, a ideia é oferecer CNPJ próprio, emissão de nota fiscal e benefícios da Previdência Social através do trabalho por conta própria.
A possibilidade deu tão certo que muitas empresas preferem abrir seus CNPJ dessa maneira. Números mostras que em 2020, dos 3,3 milhões de empresas abertas, 2,6 milhões eram MEI.
Existem alguns critérios para ser MEI, como somente contratar um funcionário, obedecer às regras de faturamento, como não ter sócios, não ter outras empresas ou ser sócio vinculado a outro CNPJ, além disso, tem um amplo leque de possibilidades de vinculação, ou seja, psicólogos, nutricionistas, profissionais de educação e comunicação, advogados, fisioterapeutas, entre outros, podem ser MEIs.
Como se inscrever no MEI?
É simples ter seu próprio MEI, mas você contar com a experiência de um contador, por exemplo. Ainda sim, saiba como se inscrever por conta própria. O primeiro passo é definir sua área de atuação, então, para entender melhor, acesse a lista oficial definida para os MEIs.
Após isso, acesse o Portal do Empreendedor, um site seguro e de domínio do governo federal. Depois, clique em “Quero ser MEI” e na aba “Formalize-se”. Caso já tenha uma conta no portal gov.br, acesse com CPF e senha e depois insira seus documentos pessoais, bem como o número de declaração do Imposto de Renda.
Na mesma área você define o nome fantasia da sua empresa, o endereço e o local de trabalho, se será via internet ou em casa, por exemplo. Com MEI finalizado, confira os registros ao emitir o CCMEI, Certificado de Condição de Microempreendedor Individual. É esse comprovante que mostra o número do CNPJ e também a inscrição da empresa na Junta Comercial.
Quais as atividades permitidas?
Infelizmente, muitas atividades ainda não são permitidas para ser MEI, entre elas, jornalistas, dentistas, engenheiros, veterinários, entre outros. Isso ocorre somente para profissionais que exercem alguma atividade econômica intelectual, portanto, não há autorização para abertura do CNPJ.
Já outras centenas de atividades são permitidas, entre elas cabeleireiros, manicures, casas de chá, comércio varejista de roupas e acessórios, instalações e manutenção elétrica e atividades de estética. Acesse essa lista e saiba de forma completa!
Qualquer brasileiro maior de 18 anos que não é pensionista ou servidor público está apto a abrir um MEI, desde que tenha em mente a atividade a ser exercida e estar dentro da lista já citada. É preciso pagar taxas mensais do Simples Nacional também, mesmo que a abertura seja gratuita.
MEI para mulheres: saiba tudo!
Agora que você sabe mais sobre o MEI, vamos trazer detalhes sobre a linha de crédito lançada pela Caixa para fornecer empréstimos a mulheres empreendedoras. A iniciativa veio de uma parceria com o Sebrae, e vai disponibilizar 1 bilhão para esse público desenvolver seus negócios.
Como vai funcionar?
Mulheres que estão em fase inicial do empreendedorismo e sem formalização terão um ticket médio de R$ 1.000 em cada linha. Para receber, a empreendedora precisa estar formalizada no MEI e fazer cursos para acessar a linha de crédito. Até 19 de novembro, o recurso está disponível em agências da Caixa.
Caixa e Sebrae também irão oferecer atendimentos para incentivar o empreendedorismo feminino em todo país, com cursos e orientações para o negócio se desenvolver. A Caixa estimou um público de 30 milhões de mulheres que será beneficiado, entre quem é formalizada ou não.
A Caixa informou ainda que com três meses de formalização, a beneficiária pode ter crédito de antecipação do recebível, além do próprio cartão de crédito. Depois de sete meses de formalização, haverá o acesso ao Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas, o Fampe, que pode chegar até 12 mil reais de limite de crédito. Após um ano, os valores sobem ainda mais. É importante ir até uma agência da Caixa para realizar as simulações e entender tudo sobre as contrações, já que poucas informações foram disponibilizadas quanto ao acesso aos valores.
Estou negativada, poderei utilizar?
A resposta é sim, segundo a Caixa. As mulheres com restrição de crédito não serão impedidas de conseguir fazer o empréstimo, já que ele é justamente para ajudá-las em uma nova alternativa de renda. A presidente de Caixa informou ainda que o objetivo é incentivar também que mulheres participem e consigam produtos do banco, como empréstimos e financiamentos.
Dados da Caixa ainda apontam que em uma situação de 17 milhões de mulheres beneficiárias de algum programa social, 70% possuem atividade autônoma ou informal. Outra boa notícia é que até mulheres que precisam do Auxílio Brasil não terão benefícios bloqueados por utilizarem o crédito.